segunda-feira, 30 de junho de 2008

Mariage à Ottawa







Calma, Lari, ainda não é o seu...

domingo, 29 de junho de 2008

Torre de Babel



A minha turma de francês escrito é um bom retrato da mistura que é a sociedade montrealense, repleta de imigrantes. Gente de toda parte do mundo. O curso durou sete semanas e foi muito, muito bom. Toda vez que vejo esta foto sinto saudade de acordar cedinho pra assistir às aulas no Cégep de Saint-Laurent. Foi uma experiência incrível. Tanto por ter aprendido francês, mas principalmente por ter conhecido pessoas tão diferentes, com histórias interessantes e muitos sonhos a realizar aqui no Canadá. Todo mundo que aparece acima trocou o seu país de origem pela esperança de uma vida melhor nesta terra fértil e gelada. Vamos aos nomes: da esquerda para a direta, na fileira da frente: Sabah (nossa professora - do Marrocos); Snezhana (Cazaquistão); Rana (Argélia); Varka (Bulgária); agora na fileira de trás, da esquerda para a direita: Elena (Romênia); Iulian (Moldávia) Mildred (Guatemala); Radoslava (Bulgária), Eu(Brasil) e Patricia (Uruguai). A fotógrafa se chama Elena e é da Rússia.
Pra quem não sabe, segundo o Antigo Testamento, a Torre de Babel era uma "torre construída na Babilônia pelos descendentes de Noé, com a intenção de eternizar seus nomes e chegar ao céu". Visto que o homem queria ser como Deus, o próprio decidiu então atrapalhar o audacioso projeto. Como castigo, ele fez com que cada pessoa passasse a falar uma língua diferente. O resultado, claro, foi uma confusão geral, a tal ponto que ninguém mais conseguiu se comunicar, o trabalho foi interrompido e todos se dispersaram pelo mundo. Aplicando a narrativa bíblica à minha turma de francês, digamos que, ao contrário do que aconteceu na Babilônia, aqui todo mundo tenta falar a mesma língua. Francês com diferentes sotaques, é verdade, mas no fim das contas, todo mundo acaba se entendendo. Sinal de que Deus está do nosso lado. E que, se continuarmos assim, logo, logo, chegaremos ao céu! ;)

quarta-feira, 25 de junho de 2008

terça-feira, 24 de junho de 2008

Gostosura


Essa "chouette" maravilhosa se chama Marguerite. As bochechas apetitosas têm apenas sete meses de vida e moram aqui em Montréal.

Pra quem tem insônia, Couche-tard


segunda-feira, 23 de junho de 2008

Voiture



Aqui tem ferrari, mas também tem fusquinha. Repare na placa. Veio da Alemanha. Dentro, ao lado da direção, tinha uma bandeirinha indicando a origem do mimo. Primeiro e único que vi por aqui :)

domingo, 22 de junho de 2008

Contorno



E me escondo dentro de mim.
O essencial é invisível aos olhos.
Só o coração consegue enxergar.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

I'm only sleeping


"Please, don't wake me, no, don't shake me
Leave me where I am
I'm only sleeping
Please, don't spoil my day
I'm miles away
And after all
I'm only sleeping"


nhém!



E olha que a gente nem combinou de fazer careta...

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Parc Jean-Drapeau

Prazer


"Dépêchons-nous de succomber à la tentation avant qu'elle ne s'éloigne." (Épicure)

segunda-feira, 16 de junho de 2008

domingo, 15 de junho de 2008

sábado, 14 de junho de 2008

quinta-feira, 12 de junho de 2008

domingo, 8 de junho de 2008

Mania de explicação

Muita gente me perguntou por que eu "destruí"o antigo blog. Aqui está a explicação (uma frase que se acha mais importante do que a palavra).
Tudo começou com uma certa angústia (um nó muito apertado bem no meio do sossego) acompanhada de uma dose de agonia (quando o maestro de você se perde completamente) e uma pitadinha de desespero (dez milhões de fogareiros acesos dentro de sua cabeça). Tudo junto, me causou muita ansiedade (quando faltam cinco minutos sempre para o que quer que seja), raiva (quando o cachorro que mora em você mostra os dentes) e, em seguida, preocupação (uma cola que não deixa o que não aconteceu ainda sair de seu pensamento). Minha intuição (quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido) me mandava agir, fazer algo pra acabar com o que estava sentindo. No início, confesso, hesitei de indecisão (quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa). Não durou muito. Mandei pro beléléu a prudência (é um buraco de fechadura na porta do tempo), dispensei a lucidez (um acesso de loucura ao contrário) e sucumbi à minha vontade (um desejo que cisma que você é a casa dele), afinal, não precisaria de nenhuma autorização (quando a coisa é tão importante que só dizer "eu deixo" é pouco). Sem culpa (quando você cisma que podia ter feito diferente, mas, geralmente, não podia), me agarrei ao desatino (é um desataque de prudência) e apertei o botão. Blog deletado. Conteúdo irrecuperável. Em segundos, tudo virou lembrança (quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo).
Dias depois, estou de volta. Diferente. Sem arrependimento nem vergonha (é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora) pelo que fiz. Apenas peço desculpas (é uma frase que pretende ser um beijo) aos amigos que me lêem por tê-los deixado algum tempo sem esta explicação.

obs: todas as definições são do livro "Mania de Explicação", de Adriana Falcão.


sábado, 7 de junho de 2008

Fórmula 01

Montréal está em festa. Grande Prêmio do Canadá amanhã, domingo. Muita, muita gente nas ruas. Gente cheirosa, que passa ao seu lado na calçada deixando um rastro de perfume francês. Turistas de luxo, bem vestidos, elegantes, ricos e que investem parte da fortuna no próprio corpo (sobretudo as mulheres): maquiagem, cabelos descoloridos e moldados no salão de beleza, magreza à base de lipoaspiração, roupas de grifes famosas. Sem falar que, quando tudo isso não está nas calçadas, está dentro de ferraris vermelhas que passam como furacões pela avenida Saint Catherine, a principal da cidade. Algumas ruas paralelas estão interditadas para dar lugar a feiras, quiosques promocionais, palcos com shows gratuitos. Ontem foi divertido ver umas senhoras dançando rock de salto alto, cabeleira escovada e com aquele jeitinho "gringo"de ser (leia-se: totalmente fora de compasso!). É, de fato, um período de exceção em Montréal. Um ritmo diferente, frenético, de festa. Até cerveja está liberada nas ruas, desde que, é claro, você esteja disposto a pagar sete dólares por uma latinha (o que é um problema pra mim, mas não para os turistas em questão). E aí já sabe, né? Se esse povo já é afoito por natureza, com um tiquinho de álcool na mente então... o resultado é que nem os policiais escapam da mira das moças libinosas que, (perdoem o trocadilho) atiram para TODOS os lados. E nessa paquera desenfreada, até que não é nada difícil acertar um policial. Eles estão por toda parte. Uma quantidade enorme pelas ruas, organizando a multidão no metrô, controlando o trânsito, enfim, garantindo a segurança de todos que participam da festa, inclusive das moças libinosas que vieram em busca de fórmula 01 e curtição. A impressão que me dá é que todo esse "fogo nas entranhas" tava acumulado há um ano, desde o Grand Prix do ano passado, o que me faz comparar toda essa ebulição ao nosso carnaval. Hoje, portanto, é sábado de Zé Pereira. Até amanhã, domingo de cinzas, Montréal ainda vai ser palco de muita folia. E como nós, brasileiros, somos imbatíveis em matéria de carnaval, resta torcer pra que essa energia profana em terras canadenses empurre nossos pilotos para o pódio e para o banho de champanhe.


Exposição de carros de corrida
*

*
Imprensa
*
banda legal que tocava covers de rock'n roll


multidão colorida...


... e, no meio dela, verde e amarelo
*
poliça




vitrine

terça-feira, 3 de junho de 2008

mundo animal

Hoje, voltando pra casa, vi um gambá andando na rua. Pela primeira vez, ao vivo. Pra mim, eles eram tão reais nos desenhos, que a versão em carne e osso mais pareceu uma cópia mal feita dos gambás animados. Pena que não pude tirar uma foto. Bonito, o bichinho. Mais ou menos do tamanho de um esquilo e charmosamente preto-e-branco. Me aproximei devagar para ver melhor. Mais que isso, eu queria mesmo era ter o privilégio de sentir a autêntica catinga de gambá. Apenas uma forma de confirmar se a expressão está sendo bem empregada. Mas, sem querer, eu bruscamente arrastei meu sapato na calçada e o bichano, assustado, fugiu pra bem longe do meu nariz. Talvez tenha sido obra do meu anjo da guarda. Os moradores da rua têm pavor a gambás. Quando aparece um na redondeza, eles fazem uma espécie de mutirão para expulsá-lo da vizinhança. Disseram que, se um gambá invade o seu jardim, pode esquecer o banho de piscina ou o churrasco com a família durante o verão. O bicho libera a catinga pra todos os laços, em forma de spray, como se tivesse vários tubos de (des)odorante no corpo. E o fedor fica impregnado no ar, incapaz de ser removido até mesmo após um tufão. Dá dor de cabeça, ânsia de vômito, perda de apetite, mau humor. É, até que deu pra ter uma idéia do estrago. Mas eu confesso: depois do que soube, fiquei ainda mais curiosa pra dar uma cafungada no danado do gambá. Ele que me aguarde. No nosso próximo encontro, estarei descalça.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Vida


Dizem que aqui em Montreal o lugar preferido dos suicidas são as estações de metrô. E o mês em que ocorre o maior número de suicídios é fevereiro. Talvez por causa do inverno. Tudo muito cinza demais. Talvez a solidão, a falta de sentido, de um porquê, de respostas. Ou talvez eu esteja errada e nunca saiba ao certo. Quem já passou pela experiência não pode mais contar a história, afinal. Desde que cheguei aqui o serviço do metrô teve que ser interrompido algumas vezes por causa de suicidas em ação. Que morrem na contramão atrapalhando o trânsito, como diria o poeta. Fico imaginando o coração dos "motoristas" ao verem um corpo se atirando sobre os trilhos. Sem perdão, sem chance, sem freio. Dois segundos e pronto, cabou-se.
*
No início eu fiquei impressionada com tudo isso. Quando o metrô chegava em alta velocidade atropelando o nada e trazendo uma ventania fria eu pensava baixinho "é agora". E me preparava internamente pro filme de terror, pra dar um grito de surpresa, pra virar o rosto diante da cena. Ainda bem que nunca aconteceu. Em vez de ter medo, eu passei a admirar as estações de metrô. É bem verdade que elas guardam uma certa morbidez. Mas ultimamente meus olhos só conseguem enxergar arte.

domingo, 1 de junho de 2008

rascunho

(in)acabada
começo-fim-começo-fim-começo
********e meio
durante-> enquanto-> ainda
por aqui. siga-se
os pés traçam o caminho
acima do chão
o agora já não é mais

esperança
nem desespero.
no final... ponto,
e vírgula:
re(in)vento
e volto a ser protótipo